sexta-feira, 2 de julho de 2010

Diga - me com quem andas que te direi quem és..


Minha Unidade Jardim Anália Franco em São Paulo



Com certeza você já ouviu esta frase do seu avô, do seu pai, do seu tio..e com certeza você deu uma resposta do tipo: _ Ah, eu não sou "maria vai com as outras" não preciso fazer o que as pessoas fazem, eu tenho personalidade.
Tomara que seja assim mesmo.

Infelizmente o que acontece é bem o contrário, o que acontece é você acabar fazendo algo que não quer apenas para ser aceito ao grupo que resolver pertencer.As vezes sem nem pensar direito se o que esta fazendo é certo ou errado.

Quando eu cursava o segundo grau do ensino médio eu havia começado o meu primeiro emprego em uma Locadora de vídeos, por conta disso eu trabalhava até as 22h e fazia o colégio á partir das 7h da manhã do dia seguinte, consequentemente eu acabava cochilando nas duas primeiras aulas do dia, em um dos dias da semana essas duas aulas eram uma dobradinha de Química com um professor que tinha uma voz aveludada e que se parecia com o personagem do Harrison Ford em Indiana Jones.Não precisa resolver uma fórmula muito elaborada para perceber que minhas notas despencaram, eu não estava entendendo absolutamente NADA da matéria.

Acontece que boa parte da turma também não estava lá muito bem e estávamos no último bimestre daquele ano e todo mundo queria passar, lógico.Tiveram a grande idéia de roubar a prova do armário da diretoria.Entregaram para que os alunos mais "CDF", que hoje seriam classificados como "Nerd´s" da sala resolvessem as questões e depois tiraram xeroz da prova resolvida passando para toda a sala.

No dia da prova eu tinha em minhas mãos a cola, com todas as questões, alí, debaixo da minha carteira.Havia sido combinado entre os alunos que cada um tiraria a nota
que estava precisando, para não levantar suspeitas.A prova começou, eu peguei minha folha e lí cada uma das questões, lí também as repostas da cola.Realmente, eu não
fazia a mais vaga idéia do que se tratava aquela matéria, eu não havia entendido nada mesmo.Coloquei o meu nome na folha, me levantei e a entreguei para o professor,
este me olhou e disse: -Você esta entregando a prova em branco.Você vai automaticamente para a recuperação (segunda época) ao fazer, isso.Tem certeza de que não quer voltar a sua mesa e tentar fazer alguma coisa?

E eu respondi; - Professor, eu realmente não assimilei nada desta matéria, eu prefiro ir para a recuperação e ter a chance de entender.

A sala queria me matar! Eu seria a única aluna na recuperação, e com a prova toda alí!Ninguem me entendia, mas eu realmente não consegui enganar a mim mesma, para o
vestibular não ia ter cola, eu ia ter que aprender aquilo como depois?

Alguem da minha sala, emprestou a prova pronta, a cola, para alguém da sala visinha, as provas eram um pouco diferentes umas das outras, mas quase sempre traziam uma ou outra questão parecida.Essa pessoa da sala visinha namorava uma menina de uma terceira sala, para quem ela passou a cola com uma dedicatória assinada no rodapé.
No dia da prova, a menina nervosa deixou a folha cair ao chão e o professor apanhou.Bom, imaginem o tamanho da confusão...a prova era a do 2A, estava com uma aluna do 2C mas tinha uma assinatura de um aluno do 2B.O professor ficou furioso, o caso foi levado a diretoria e todos os alunos do 2A receberam uma suspensão e uma anotação no histórico escolar, já que ninguem quis entregar os culpados pelo roubo e pela feitura e xeroz das questões...ôpa, todos não.Eu não recebi a suspensão, nem a anotação no histórico.A prova foi aplicada novamente para todos do segundo ano e eu ganhei não só o direito de refazer a prova, como o respeito do professor, que passou a me dar mais atênção e eu assimilei bem a matéria para passar sem recuperação.

Não me entenda mal, eu não fui uma ótima estudante, eu não me sentava lá na frente e nem nunca fiz questão de tirar nota 10.Nunca fui puxa-saco de professor e naquele dia eu não colei porque eu estaria me enganando, não sou visionária e não tinha idéia de nada do que ia acontecer.A sala inteira colou, todos queriam que eu também colasse, se eu tivesse me deixado levar pela egrégora, eu também teria entrado pelo cano.O caso é que eu não concordava com muita coisa alí, e não andava muito com as pessoas que estudavam comigo, era praticante de uma arte marcial chamada Nei-Kung e escoteira.E provavelmente os princípios contidos nestas outras egrégoras a que eu participava falaram mais alto.

Ah sim, tudo isso é porque eu vim aqui para falarmos sobre egrégora.Você sabe o que é?


"Egrégora provém do grego egrégoroi e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com
qualquer finalidade. Todos os agrupamentos humanos possuem suas egrégoras características: todas as empresas, clubes, religiões, famílias, partidos, etc.
Egrégora é como um filho coletivo, produzido pela interação "genética" das diferentes pessoas envolvidas. Se não conhecermos o fenômeno, as egrégoras vão sendo criadas a esmo e os seus criadores tornam-se logo seus servos já que são induzidos a pensar e agir sempre na direção dos vetores que caracterizaram a criação dessas entidades gregárias. Serão tanto mais escravos quanto menos conscientes estiverem do processo. Se conhecermos sua existência e as leis naturais que as regem, tornamo-nos senhores dessas forças colossais.

Por axioma, um ser humano nunca vence a influência de uma egrégora caso se oponha frontalmente a ela. A razão é simples. Uma pessoa, por mais forte que seja, permanece uma só. A egrégora acumula a energia de várias, incluindo a dessa própria pessoa forte. Assim, quanto mais poderoso for o indivíduo, mais força estará emprestando à egrégora para que ela incorpore às dos demais e o domine.

A egrégora se realimenta das mesmas emoções que a criaram. Como ser vivo, não quer morrer e cobra o alimento aos seus genitores, induzindo-os a produzir, repetidamente, as mesmas emoções. Assim, a egrégora gerada por sentimentos de revolta e ódio, exige mais revolta e ódio. No caso dos partidos ou facções extremistas, por exemplo, são os intermináveis atentados. No das revoluções, freqüentemente, os primeiros líderes revolucionários a alcançar o poder passam de heróis a traidores. Terminam os seus dias exatamente como aqueles que acabaram de destronar (segundo Richelieu, ser ou não ser um traidor, é uma questão de datas).

Já a egrégora criada com intenções saudáveis, tende a induzir seus membros a continuar sendo saudáveis. A egrégora de felicidade, procura "obrigar" seus amos a
permanecer sendo felizes. Dessa forma, vale aqui a questão: quem domina a quem? Conhecendo as leis naturais, você canaliza forças tremendas, como o curso de um rio, e as utiliza em seu benefício.

A única maneira de vencer a influência da egrégora é não se opor frontalmente a ela. Para tanto é preciso ter Iniciação, estudo e conhecimento suficiente sobre o
fenômeno. Como sempre, as medidas preventivas são melhores do que as corretivas. Portanto, ao invés de querer mudar as características de uma determinada egrégora,
o melhor é só gerar ou associar-se a egrégoras positivas. Nesse caso, sua vida passaria a fluir como uma embarcação a favor da correnteza. Isso é fácil de se conseguir.
Se a egrégora é produzida por grupos de pessoas, basta você se aproximar e freqüentar as pessoas certas: gente feliz, descomplicada, saudável, de bom caráter, boa índole. Mas também com fibra, dinamismo e capacidade de realização; sem vícios nem mentiras, sem preguiça ou morbidez. O difícil é diagnosticar tais atributos antes de se relacionar com elas."

(Texto tirado do livro -Quando é Preciso Ser Forte. - DeRose)

Por isso, esta frase do "diga-me com quem andas que te direi quem és." Faz todo o sentido do mundo! =) (parte I)

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